sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

De partes...

... Se compõe a vida, integrando momentos diversos.
E porção a porção,
Quiçá grão a grão,
Se constrói o bem-estar.
Feito de Liberdade de pensamento e expressão,
Sendo o agir guiado pela consciência e a razão.
Por vezes acompanhada da Humildade
Que se destaca pelo seu carácter,
Sabendo aceitar o erro
E a impossibilidade de perfeição e de sabedoria,
Contando com o outro no caminho,
De quem precisará um dia.
Ah, e o Amor!...
Esse que nos faz pintar o mundo de cor-de-rosa,
E as voltas nos troca,
Tornando-se força e mesmo assim nos debilita,
Como corda que nos salva e nos enforca.
A Paz traz consigo a calma, após a tempestade.
Logo vem a Saúde que fortalece o corpo,
Impregnada de mitos e mistérios, mas também verdade,
Achando equilíbrio na biofisiologia que nos compõe.
O nome adivinha estado jubiloso da alma,
Pois a Felicidade traduz alegria que persiste,
Até em alturas que nada parece que lhe assiste.
Por fim, a Realização,
Motivação que leva a cumprir desejos e sonhos ambicionados,
Com o coração.
De tudo isto e mais se forma o puzzle do Bem-estar,
A meta e aspiração procurada, como de um tesouro se tratasse.
Só penso como seria ideal se um mapa nos acompanhasse.
Ah...Se assim fosse, ele deixaria de ser vazio ou incompleto nalguns campos,
Tornando-se pleno, com alguns solavancos.
Mas é esta a nossa busca.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desnorteada...

... Me sinto.
Situando-me algures entre os rodopios da Rosa-dos-Ventos
Que em lugar nenhum me deixa.
Ah!... Que triste ter queixa...
Mas lá vou esperando por um "para quê" ou "porquê"
Como quem busca o seu rumo.
Como quem não cessa da procura,
De achar luz no meio do fumo.
Permanecendo com o tempo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Verdades científicas...

... Revelando milagres da Natureza
E a razão que se esconde por detrás,
Nasce do lugar onde cresce a incerteza.
De um surgem dois,
E a anomalia mais perfeita que se cria,
Essa é a mais pura verdade,
Que me recorda da felicidade.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Força...

... Que nos empurra sob a acção do invisível,
Proporcionando eventos quotidianos.
Ninguém adivinha o que recebe,
Quanto mais o que damos!
E pé ante pé, os fios se cruzam
Em coincidências casuais,
Descobrindo quem se desconhece paradeiro
há tempo demais.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Perenes...

As memórias de tempos,
Momentos partilhados, sentimentos vividos,
E até sonhos confessados.
Para sempre permanecerão,
Bem junto ao coração,
De quem nunca se esquece,
Nem mesmo quando se adormece.
Forever... com amor.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dizem que não se brinca com a comida...

... Mas que fazer no momento da refeição

Quando se acha um pedaço de carne com forma de coração?

Ou se dispõem as barras de um modo artístico?

Que fazer se até quem nos rodeia nos ajuda a enfeitar o prato,

Acrecentando um toque ali e acolá,

Para que se pareça com quem não está?

Sim, porque de tudo isso nasce o sorriso, a gargalhada.

E se daí se gera bem-estar, não tem problema, não se perde nada.

Por isso, é só quebrar os pressupostos e aproveitar...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pilares...

... Onde se assentam vidas,
Desabam-se ruínas.
A base do que foi,
Jamais virá a ser,
A não ser Lisboas novas, anti-sísmicas,
Que transparecem as fissuras que se remendaram.
E entre ondas P e S,
Gera-se o cansaço, das feridas cicatrizadas que se abalam.
Por agora, uma só viagem à terra dos sonhos
Basta para compensar perdas e criar ganhos.

domingo, 4 de setembro de 2011

Digitei-as...

... E revi-me nas palavras do passado.
Do que fui, do que sou e do que continuarei a ser.
De tudo o que faz parte de mim.
Relembro o que sucedeu.
Anos e anos até aqui, este preciso ponto.
E entre memórias de outros tempos,
Só me apetece pensar:
"Só ainda comecei,
E estou a ficar velha..."

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eram momentos em que...

... Reprimia o meu coração com medo de cometer loucuras,
De iludir a quem me quis bem,
De ultrapassar limites.
E sem saber o mal que cometia,
Feri suas vontades,
Traduzidas em puras bondades.
Com receios acumulados,
O tempo passava e os momentos,
Esses, foram mal aproveitados.
Ah...! Mas o relógio não pára,
E reconhecendo o que de bom a vida consigo traz,
O que em alturas não fui capaz,
Expressei o que de melhor achara.
E despedindo-me, de esperanças me enchi.
-
Mas não, de novo soube que o relógio não pára,
Não houvera reencontro,
Nem resposta se encontrara.
Resta a memória do passado,
O velho arrependimento daquilo que não saboreara.
O pensamento que atormenta,
O palpitar que disparara,
Em altura que num vislumbre,
Acreditei que de novo o meu amigo achara,
Mas sem certezas,
(Será que as há, nalgum momento?)
Esforçando-me por não olhar para trás,
O meu caminho segui.
Porque não, a vida não pára.
-
P.S. - Talvez, por um breve instante, a partilha se repita,
Nem que seja por obra de miragem,
pois impossível não é de todo,
e se arranje um pouco de coragem,
para de novo duas almas falarem,
nem que seja em dia que os porcos voarem.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um livro...

... Guarda segredos em cada página,
Traços de quem o escreve,
Sentimentos, marcas, de quem o lê.
É mundo de fantasia,
Relato com veracidade,
Paixão de quem se perde nos seus parágrafos
E não se sacia ao beber cada palavra,
Devorando-o até ao fim.
Este é um dos meus vícios...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Viagens...

... Que fazem parte da minha vida
Preenchem o meu tempo
E me deixam repleta de vivências
Para mais tarde recordar
E reviver.
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Santiago de Compostela
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Atravessando o jardim, maravilha natural que embeleza a cidade, visitando locais desconhecidos, como o Carallo 29 onde se diz que Judas perdeu as últimas partes que o compunham, e por fim, maravilhar-se com um dos mais belos monumentos que é destino de peregrinações, sacrificios e onde por lá se deixam ou se cumprem desejos.
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Piodão
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Qual terra que se implanta no seio da serra, composta por casas feitas de pedra, admiráveis trabalhos do homem que visto de longe, dão a sensação de um pequeno conto de fadas, com habitações de brincar.
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Fraga-da-Pena
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Uma paragem antes de chegar ao conto, se encontra este refrescante local, onde os pés, numa vontade que urge e se põe em prática, entram em contacto com água e se resiste à lavagem da alma e corpo sob a cascata que corre. Simultaneamente saboreia-se os rochedos das margens e a Natureza envolvente, perante imagens que fazem querer voltar uma vez mais.
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Lorvão
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Ao acaso se encontra esta aldeia desenvolvida, recheada de cultura e de mosteiro que de maravilhas é feito, aguentando séculos e séculos, e que possui história, impregnada tanto em cada parede, como em quem a sabe e a conta. Sem não esquecer dos doces da região, que de tanta doçura, enchem o coração.
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É recomendada a visita de todos eles, porque para ver zonas fantásticas não é preciso ir para longe, basta arrancar para o interior do país ou passar um pouco além da fronteira.

sábado, 30 de julho de 2011

Brincadeira...

... Contagiante!
A galhofa lá começa
Com uma provocação, uma palavra,
E numa atitude menos séria.
Cresce.
Engrandece!
Que riso! Que pureza!
Não há nada melhor que a alegria.
E reconhecer a presença de bem-estar,
Com a paz presente na alma.
Que beleza!

domingo, 24 de julho de 2011

Pedaço...

... Que se ausentou.
Aquele espaço para sempre inocupado,
O vazio instalado,
Que inutilmente tentei preencher.
Aprendi com a lição,
Quando me foi arrancada a massa reparadora,
Do meu frágil mas resistente coração,
Sem aviso, sem anestesia,
Numa operação a sangue-frio.
Com isso consegui perceber
Que nem tudo é como queremos entender,
E finalmente vi o que a minha visão não via.
Agora outro tecido vai-se sobrepôr,
Com tempo, com cuidado,
Feito de cicatrizes e estimável amor,
Porque sem as presenças dos que quero bem,
Dificilmente seria tratado.
E agora, por fim, quero guardar as mágoas,
Para retribuir o que me foi dado.
(um desabafo, contendo um muito, muito obrigado!)

domingo, 17 de julho de 2011

Sargaço...

... Costume, tradição nortenha,
De algas a secar,
Para os campos fertilzar.
De geração em geração perdura,
E do mesmo modo é comunicada,
Não fosse gente do mar feita de massa dura
Que seus costumes preserva
Com convicção obscura
Enquanto a modernidade,
Outras acções antigas leva para o esquecimento.
São características de um povo,
Que vão para além de um momento.

sábado, 2 de julho de 2011

Deixo-me levar...

... Nas correntes do sonho.
Conduzindo-me ao inimaginável.
Aos quês e porquês da minha alma.
Despreendendo-me do que me prende,
Do consciente que não mente.
E de regresso já previsto
Parto brevemente.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tranquilidade...

... Do Campo.
Ah! Brisa quente de Verão que hoje me banhaste,
E das amarras da Cidade me libertaste,
Destas pressas e trabalhos,
Destes deveres, destes cansaços.
Embora permaneça, neste canto que me encanta,
Sinto essa calma,
Esse doce sentir que só o sossego campestre,
Para si trás,
E outros males espanta.
Que dure por mais um segundo...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Conquistas...

... Que se fazem ao longo das batalhas,
Somando as derrotas de cabeça erguida, percebendo as falhas,
Acumulando as vitórias que se vão conseguindo.
De arma em punho, perante o inimigo derrotado,
Ou por ventura vingado e saciado,
Cai uma pinga de suor.
Porque a conquista constrói-se com esforço,
E afastado esse inicial temor,
Do árduo se retira a recompensa.
Há quem ache o contrário,
Num mundo falacioso de facilidades,
Mas desses, quiçá, abençoado o berçário,
Pois não confrontam essas realidades.
Vitorioso aquele que avança por si,
Terrenos ingrumes, plenos de pedregulhos,
Pois será dele de quem se terá
O maior dos orgulhos.

domingo, 29 de maio de 2011

Ramos...

... Que me prendem aqui.
Escondidos, submersos nas profundezas do meu jardim.
Enquanto a chuva cai,
Eles despontam
Trazendo consigo a melancolia,
Porque a emoção se cria,
Com a circunstância.
E eu enfrento o escuro, a sombra,
Semeando e plantando as alegrias,
Que depressa surgem dos raios solares que trespassam,
Graças ao conselho que aprendi,
"Se quereis sorrir, é simples!
Basta que o façam!"
De rosas e espinhos,
De ramos e flores,
É feito o meu jardim,
Que vai crescendo,
Espalhando as suas cores, sem fim.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O arco-íris...



... Explode.


Quais raios de mil cores que iluminam o céu dos
sonhos,


Afastando as memórias a dois tons,


Do negro dos meus pesares à brancura dos meus olhares.


Pincéis que tocam nos desejos,


Nesses enleios que imagino,


Nas mágoas com que desatino.


Ah! Doces loucuras de simples “nenhuras”,


Dos gestos que marcaram,


Das palavras que não ecoaram


Porque a vida está aí,


no presente que eu espero,


Que escondidas surpresas trará.

sábado, 23 de abril de 2011

Renascer...

Perante a luz que desce sobre nós,

Todos os dias,

É missão, coragem e aventura.

Dar um pouco mais de nós,

Ir ao limite e além,

Ser borboleta e lagarta que perdura.

É disto que é feita a vida dura.

Mas é o que faz valer a pena,

Esta Páscoa, esta passagem,

Que para nós é tão curta, tão pequena.

sábado, 16 de abril de 2011

Alheia...

... À realidade em meu redor,

Desfasada deste ritmo que me acompanha,

Paro por um segundo para recuperar o fôlego.

Inspiro...

E sinto o sabor a sal,

Escuto o vento a soprar,

Imagino aqueles gestos de carinho do mar para com a areia,

desses donde nascem as ondas...

Expiro.

E de novo o mundo cá me espera.

sábado, 9 de abril de 2011

Miro...



... O presente, passado e futuro através das lentes que o me corpo possui. Gravo as imagens permanentemente na sua central. A qual visito sempre que o coração desponta, Respondendo a qualquer pormenor que se assemelha a essas lembranças. E por hoje, permaneço nelas, Procurando vivê-las mais uma vez, em memória.

domingo, 27 de março de 2011

Aventurando-me...

Num devaneio das profundezas da alma,
É um segredo que a arca encerra em si.
Shh..! Não reveles.
O tempo pára,
Os sonhos afloram e eu existo, vivo,
Quiçá nesse mundo paralelo,
Para onde me ausento por vezes, sem o saberes,
Porque nesse, a melancolia torna tudo inexplicavelmente belo.
No retorno à realidade o olhar confronta-se com imagens desfocadas
Daquela miragem que anseio
E quedo-me no lugar da virtude que é o meio,
Pois sem ti, apenas sobrevivo.

domingo, 6 de março de 2011

Percorro...

... O estrado com a inocência de criança.
Ao olhar para trás reparo em tudo o que mudou.
Os espaços, os tempos, os traços...
E não sou mais a mesma.
Pois a vida assim o quis.
O meu Eu evoluiu com a circunstância.
E eu... Eu continuo contentando-me na busca de ser feliz.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Castelos que construo...

Pé ante pé.
E sigo.
Recolho as pedras que encontro na calçada, na rua irregular que percorro.
Faço colecção para que mais tarde,
Reunidas as forças, ultrapassados os obstáculos,
Possa erguer as edificações que a minha mente arquitecta produz.
"Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo." (Bloguista de nacionalidade brasileira denominado Nox)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De partida...

... Abandono o conforto do castelo,
Aquele que me prende, aquele que me segura.
Guardo obras no seu interior,
Liberdades, vontades,
Para completar mais tarde.
E parto para guerras, combatendo,
Qual Homem em busca de um fim.
Afinal, as vivências são feitas disto
e é por elas que existo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

De passagem...

... pelos velhos tempos.
Doce remédio da saudade encoberto,
Endireitador da alma nos tempos duros,
Pequena travessura da memória nos momentos puros.
Recorrência involuntária do dia-a-dia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um escape...

... vivido em tempos em que a noite se sobrepõe ao sol,
onde o mar se une à areia numa relação indissolúvel
e a alegria da companhia basta para tornar o cenário praticamente ideal.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Um pequeno paraíso...

... mesmo ao virar da esquina.

Espelho da Alma

Olhar.
Ver.
Estes espaços que os meus glóbulos oculares e estruturas circundantes captam.
As doces perspectivas que me marcam e que conscientemente ficam retidas pela sua beleza, pelo seu significado.
Estas imagens estagnadas no tempo acumulam-se nesta estrutura física que acomoda discos rígidos e memórias, quedando-se nas pastas para serem raramente miradas e usadas.
Como forma de as devolver à vida, partilhando estas perspectivas imortalizadas, criei este espaço.
Uma pura vontade de divulgar alguns dos mais belos cantos que o nosso país encerra e que tanto me dizem, porque cada canto tem uma história, um acontecimento ou um facto associado, de maior ou menor importância, mas é o conjunto que faz das minhas vivências uma sequência linear de experiências denominada vida.
Espero que seja do agrado de quem por ventura passar por aqui. Se não for, e há sempre essa possibilidade, também nada se perderá.
Beijinhos